Superman e Polêmica do Bigode de Henry Cavill ganham explicação definitiva por diretor de Missão Impossível
O ator Henry Cavill está nos cinemas como vilão contra Tom Cruise em Missão Impossível – Efeito Fallout e isso traz à tona de volta a polêmica do Bigode de Cavill em Liga da Justiça. Chamado às pressas para realizar um intenso programa de refilmagens para o longa da equipe de super-heróis da DC Comics, Cavill ostentava o bigode que usa em Fallout, o que obrigou à Warner a apagar os pelos digitalmente, criando o bizarro efeito de uma mandíbula e boca desconjunturada ao Superman no filme da equipe.
Numa entrevista à revista Empire, o diretor de Fallout, Christopher McQuarrie, foi bastante direto sobre o tema, esclarecendo de uma vez por todas o que realmente houve, pelo menos pelo lado da Paramount, estúdio da franquia de Cruise. É um relato bem longo e vamos resumir.
O diretor diz que em meio às gravações de Missão Impossível, onde Cavill faz um vilão, foi procurado pelo produtor Charles Roven (da Warner) para que cedessem o ator britânico durante algumas semanas para as refilmagens de Liga da Justiça e precisaria, claro, raspar o bigode. McQuarrie entrou em contato com o produtor Jake Myers (da Paramount) que fez as contas e preparou uma proposta: Cavill rasparia o bigode e faria as refilmagens de Liga da Justiça; deixaria o bigode crescerde novo; e a Paramount usaria efeitos especiais para preencher digitalmente o bigode e barba do ator (o inverso do que seria feito, afinal); como o custo disso seria de US$ 3 milhões, bastava a Warner pagar tal quantia à Paramount e o acordo seria feito.
Facilitava tudo o fato de Fallout estar com a produção em marcha lenta devido ao acidente em que o astro Tom Cruise quebrou o tornozelo em uma filmagem de ação.
McQuarrie insiste que era necessário fazer o preenchimento dos pelos com efeitos digitais porque Missão Impossível estava sendo gravado em IMAX, com lentes de 75 mm, e um bigode falso seria facilmente percebido com uma resolução tão alta.
O acordo foi feito.
Mas um alto executivo da Paramount descobriu o acordo e simplesmente disse: “de jeito nenhum isso será feito!”. Claro, McQuarrie não diz quem é o executivo.
Com isso, só coube à Warner a dura tarefa de ter que refilmar as cenas do Superman com Henry Cavill usando bigode e uma prótese para cobri-lo e disfarçá-lo digitalmente. O resultado final é terrível, como cada um que assistir ao filme pode perceber.
Contudo, embora a ação da Paramount foi algo desleal à indústria do cinema, é por outro lado compreensível que o estúdio estivesse defendendo seus interesses. O que é imperdoável, na verdade, é a postura da Warner: que deixou Liga da Justiça como um filme inacabado. Esta é a dura realidade! Independente dos esforços de Zack Snyder (que iniciou o filme), de Joss Whedon (que o reescreveu e realizou as refilmagens) e seja lá de quem seja o corte final do longa (nem temos certeza absoluta de que Whedon é quem editou o filme em sua versão final); o fato é que ao não mudar a data de estreia da aventura da equipe da DC Comics, impediu um trabalho bem feito, seja de reestruturação da história ou finalização dos efeitos especiais.
Se por um lado, provavelmente a Warner simplesmente não quisesse gastar mais dinheiro num filme que via como “condenado”; por outro, foi um desserviço a si próprio, lançar um filme inacabado e manchar a reputação de todos os envolvidos – e do próprio estúdio!
Se tivessem alterado a data de lançamento para fevereiro ou março de 2018, teria que encarar o confronto com Pantera Negra da Marvel, mas ainda assim, poderia ter rendido uma versão bem melhor de Liga da Justiça, com mais tempo para Joss Whedon dar um acabamento ao filme e – tão importante quanto – a equipe de efeitos especiais ter podido finalizar o efeito sobre o bigode de Henry Cavill.
Não ter feito isso apenas fritou o Universo DC nos Cinemas, que vai precisar de muito Aquaman e Shazam! de sucesso para se refazer diante de fãs e críticos.
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